Respostas que os recrutadores não gostam de ouvir

Embora um processo seletivo possa assustar e deixar muitos candidatos desesperados, é preciso muita preparação, estudo e autoconhecimento para se sair bem em uma entrevista.

Durante a avaliação do recrutador, além do conhecimento técnico, é avaliado também, principalmente, as softskills, que são competências relacionadas ao comportamento humano, como exemplo, podemos citar a empatia, ética, liderança, resolução de conflitos, flexibilidade e gestão de equipes.

O despreparo dos profissionais é apresentado desde os casos mais simples, como um bom posicionamento do celular no caso de entrevistas online, aos mais complexos como não saber responder a alguns questionamentos comportamentais.

“É muito comum recebermos respostas vazias e genéricas, o que nos faz entender que há falta de preparo e de autoconhecimento dos profissionais quando tratamos de autoavaliação”, ressalta Carine Tanuma, fundadora da Rhecrutalent.

Selecionamos algumas respostas frequentes e que realmente os recrutadores não gostam de ouvir.

QUANDO É PERGUNTADO: QUAL É O SEU PONTO A MELHORAR...

 – Meu ponto a melhorar é a ansiedade

Ansiedade é o mal do século, todos nós a temos em algum nível. Porém, percebemos que os candidatos usam essa resposta de forma genérica por dois motivos:

1. Por medo de se comprometerem, serem julgados, mal interpretados e acabarem sendo eliminados do processo;

2. E por falta de autoconhecimento, realmente é muito comum as pessoas no geral não terem a prática de se autoavaliarem e entender o que de fato precisam melhorar, tanto tecnicamente, como comportamentalmente. Alguns candidatos não conseguem sequer responder essa questão.

E SE TRATANDO DE PROATIVIDADE, INOVAÇÃO, CRIATIVIDADE…

– A empresa é tão engessada que não me deixa trazer nada de novo

Quer acabar com o dia do recrutador, dê essa resposta rs.

Brincadeiras a parte, este é um ponto muito sério. Seja qual for o perfil, porte e cultura da empresa, o que se espera de um profissional, é que ele cumpra a sua função, mas também que ele vá além… Enxergar processos que possam ser otimizados, ideias de novos projetos, criação de novos métodos, enfim, sempre há o que mudar, melhorar e criar. E isso se converterá em resultados positivos. Talvez o engessado não seja a empresa.

VALIDANDO A FORMAÇÃO DO CANDIDATO MENCIONADA NO CURRÍCULO…

– Então, na verdade eu ainda não comecei a faculdade.

Nunca, jamais, em hipótese alguma minta ou distorça alguma informação em seu currículo e/ou entrevista. Ela pode causar uma mancha na sua imagem e reputação. Lembram do caso de Carlos Decotelli nomeado a ministro da Educação que mentiu sobre sua formação? Pois bem, não existe distinção entre mentirinha ou mentirona, todas elas são antiéticas e poderão te eliminar do processo. Seja transparente acima de tudo.

AVALIANDO AS COMPETÊNCIAS ATRAVÉS DE DESAFIOS, RESULTADOS OBTIDOS…

– Agora não me recordo de nenhum caso/situação.

Todos ou quase todos os profissionais já fizeram algo em suas experiências que tiveram bons resultados, porém, no momento da entrevista esses momentos simplesmente somem da memória do candidato, ou porque ele não se preparou, ou porque está nervoso, ou porque não está naquele momento presente. Seja qual for a situação, evite deixar o recrutador sem respostas.

Este é o momento de você “vender o seu peixe” e como um vendedor não sabe quais são as suas soluções?

Essas são uma das situações que mostram realmente como muitos profissionais precisam se preparar para conquistar um novo desafio no mercado. Portanto, estude, autoavalie-se, conheça a fundo suas habilidades e fraquezas, faça treinamentos de entrevistas com profissionais qualificados e esteja preparado quando a oportunidade surgir.

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